Primeiramente
descrita por Melanbranche (1678), a patologia só foi nominada com o termo que
hoje conhecemos em 1949 por Vrolik.
A
Osteogênese Imperfeita (OI), ou doença de Ekman-Lostein, é também conhecida pelas expressões “ossos de
vidro” ou “ossos de cristal”. Tais vocábulos fazem referência à pouca
resistência óssea encontrada nos portadores.
Trata-se
de uma condição rara do tecido conjuntivo de caráter genético, afetando aproximadamente
uma a cada 20 mil pessoas em todo mundo. Entretanto, esses dados epidemiológicos
são contestados pelo fato de a doença ser pouco conhecida pelos médicos e pelo
seu difícil diagnóstico, dependendo do grau de intensidade.
A
hipótese mais aceita para OI entende que a substituição do resíduo de glicina,
responsável pela estabilidade molecular do colágeno tipo I, por um aminoácido
maior, como cisteína ou arginina, causaria em uma desorganização deste tipo de colágeno,
o que implicaria a patologia.
Como
consequência a presença de colágeno tipo I seria acompanhada de alterações
drásticas, como ocorre nos ossos, esclera, músculo e ligamentos.
A
condição mais evidente no portador é fragilidade óssea. Isto implica em
fraturas e hematomas facilmente provocados, além de acarretar dificuldade
respiratória e possível surdez, devido à deformações ósseas.
Evidentemente
as fraturas apresentam-se dolorosas, todavia a repetição do trauma promove mecanismos
neurológicos que tornam o processo menos angustiante, além de causar deformações
auxiliadas pelo tônus muscular.
A doença não tem cura. Atualmente, o tratamento visa reduzir o número de fraturas do paciente a partir do uso de pamidronato, que inibe a reabsorção óssea, e a implantação de hastes intramedulares com o objetivo de aumentar a resistência óssea.
Autor
Leonardo Barros - Ligante LAORT
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